EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
Nome de código Bruxelas: o Banco de Portugal e o 25 de Abril
Entre 27 de novembro 2024 a 31 de maio de 2025
Mais informação para info@museudodinheiro.pt ou +351 213 213 240
Quando se pensa na Revolução ocorrida naquele dia, o Banco de Portugal não é com certeza uma das primeiras instituições que nos vem à cabeça. Mas o banco central fazia parte dos alvos estratégicos da Escola Prática de Cavalaria no golpe militar de 25 de abril de 1974, com o nome de código de “Bruxelas” atribuído ao seu edifício da Rua do Comércio.
O papel do Banco de Portugal nessa época, o seu contributo para a afirmação do regime democrático e a forma como a Revolução se refletiu na instituição são os pontos de partida para esta nova exposição temporária, inserida nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e patente no Museu do Dinheiro a partir de 27 de novembro.
O país – o que mudou em 50 anos
A apresentação de indicadores estatísticos sobre população, custo de vida, proteção social, educação e condições de habitação, mostra-nos como era Portugal em 25 de abril de 1974 e como é hoje, convidando os visitantes a refletir sobre que desígnios foram cumpridos e o que permanece por concretizar.
O papel do Banco de Portugal
Nos tempos agitados que se seguiram à Revolução dos Cravos, o Banco de Portugal teve uma importância crucial para a manutenção da estabilidade económica e financeira.
Algumas das funções que passou a desempenhar estão entre as que hoje mais associamos ao Banco, e extravasavam as suas competências à época. São exemplo disso o aconselhamento ao Estado na tomada de decisões económicas ou a fiscalização da atividade bancária.
E dentro do Banco
Esta exposição mostra também a vertente interna da evolução do Banco de Portugal e do ambiente que se vivia na altura. Com base em documentação do Arquivo Histórico e em entrevistas a antigos colaboradores, foi possível construir um relato fiel das muitas mudanças sentidas na instituição, desde as alterações nas relações laborais à evolução do estatuto das mulheres que aí trabalhavam, passando pelos saneamentos de responsáveis ligados ao anterior regime.
Para além de filmes, fotos e documentos da época, a exposição conta com alguns objetos ímpares da história interna do Banco de Portugal, como o carro do Conselho de Administração alegadamente utilizado por Otelo Saraiva de Carvalho, os pacotes com os processos de saneamento (encerrados desde 1977) ou os cadernos reivindicativos apresentados pelos trabalhadores, com exigências que iam desde o direito a 30 dias de férias, ao direito a licença de maternidade ou ao acesso à sua ficha individual, da qual era possível retirar qualquer documento atentatório da sua dignidade.
As histórias contadas na primeira pessoa, através de testemunho em vídeo, de quem viveu o 25 de Abril como empregado do Banco de Portugal, trazem-nos uma visão única da sociedade à época, quando as trabalhadoras eram proibidas de usar calças. E, para sentir realmente o ambiente da altura, o visitante pode ainda “ocupar” um espaço de trabalho do Banco dos anos de 1970.
Esta exposição enquadra-se numa iniciativa mais alargada do Banco de Portugal que, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, tem vindo a publicar mensalmente análises sobre a evolução da sociedade e da economia portuguesas, de 1974 aos nossos dias.
Veja aqui estas análises: Como éramos e como mudámos.
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
Nome de código Bruxelas: o Banco de Portugal e o 25 de Abril
Entre 27 de novembro 2024 a 31 de maio de 2025
Mais informação para info@museudodinheiro.pt ou +351 213 213 240
Quando se pensa na Revolução ocorrida naquele dia, o Banco de Portugal não é com certeza uma das primeiras instituições que nos vem à cabeça. Mas o banco central fazia parte dos alvos estratégicos da Escola Prática de Cavalaria no golpe militar de 25 de abril de 1974, com o nome de código de “Bruxelas” atribuído ao seu edifício da Rua do Comércio.
O papel do Banco de Portugal nessa época, o seu contributo para a afirmação do regime democrático e a forma como a Revolução se refletiu na instituição são os pontos de partida para esta nova exposição temporária, inserida nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e patente no Museu do Dinheiro a partir de 27 de novembro.
O país – o que mudou em 50 anos
A apresentação de indicadores estatísticos sobre população, custo de vida, proteção social, educação e condições de habitação, mostra-nos como era Portugal em 25 de abril de 1974 e como é hoje, convidando os visitantes a refletir sobre que desígnios foram cumpridos e o que permanece por concretizar.
O papel do Banco de Portugal
Nos tempos agitados que se seguiram à Revolução dos Cravos, o Banco de Portugal teve uma importância crucial para a manutenção da estabilidade económica e financeira.
Algumas das funções que passou a desempenhar estão entre as que hoje mais associamos ao Banco, e extravasavam as suas competências à época. São exemplo disso o aconselhamento ao Estado na tomada de decisões económicas ou a fiscalização da atividade bancária.
E dentro do Banco
Esta exposição mostra também a vertente interna da evolução do Banco de Portugal e do ambiente que se vivia na altura. Com base em documentação do Arquivo Histórico e em entrevistas a antigos colaboradores, foi possível construir um relato fiel das muitas mudanças sentidas na instituição, desde as alterações nas relações laborais à evolução do estatuto das mulheres que aí trabalhavam, passando pelos saneamentos de responsáveis ligados ao anterior regime.
Para além de filmes, fotos e documentos da época, a exposição conta com alguns objetos ímpares da história interna do Banco de Portugal, como o carro do Conselho de Administração alegadamente utilizado por Otelo Saraiva de Carvalho, os pacotes com os processos de saneamento (encerrados desde 1977) ou os cadernos reivindicativos apresentados pelos trabalhadores, com exigências que iam desde o direito a 30 dias de férias, ao direito a licença de maternidade ou ao acesso à sua ficha individual, da qual era possível retirar qualquer documento atentatório da sua dignidade.
As histórias contadas na primeira pessoa, através de testemunho em vídeo, de quem viveu o 25 de Abril como empregado do Banco de Portugal, trazem-nos uma visão única da sociedade à época, quando as trabalhadoras eram proibidas de usar calças. E, para sentir realmente o ambiente da altura, o visitante pode ainda “ocupar” um espaço de trabalho do Banco dos anos de 1970.
Esta exposição enquadra-se numa iniciativa mais alargada do Banco de Portugal que, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, tem vindo a publicar mensalmente análises sobre a evolução da sociedade e da economia portuguesas, de 1974 aos nossos dias.
Veja aqui estas análises: Como éramos e como mudámos.